quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mas por quê se sentia assim?
O que tinha não era o suficiente?
E quantos desejavam ter uma vida como a dela?
Continuou andando, sem rumo, por lugares que já desconhecida. Observou as pessoas ao redor, preocupadas com sua própria existência, ambições e planos, uma sem se importar com a outra. De repente, uma dor intensa tomou conta de seu peito, olhou para os lados e percebeu que realmente ninguém a havia notado. Recostou-se num banco, da pequena praça onde acabou chegando.
Estava um pouco ofegante e completamente pálida. Quanto mais buscava, mais as respostas se distanciavam. Pensou em pedir ajuda, mas seu corpo e sua mente mantiveram-na ali, imóvel e calada. Minutos se passaram até que uma chuva fina e inconseqüente começou a cair, a menina se deu conta disso. Lentamente recuperou suas forças, movimentou-se e voltou a caminhar, deixando que o vento a levasse.
Tentou falar para si mesma, poucas palavras sem importância que acabariam com aquele ensurdecedor silencio que estava dentro dela, mas sua garganta estava seca demais. Sem conseguir dizer nada, olhou para o céu. Então se conscientizou... Todos deviam estar preocupados, mas não importava, ela estava ocupada demais na tentativa de achar seu consolo.

Nenhum comentário: